Após uma fratura, o processo de cicatrização do osso ocorre em três fases:
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💥 Fase inflamatória. No local da fratura ocorre um sangramento, devido à ruptura de vasos que circundam o osso. O material formado pela necrose do tecido ósseo estimula a liberação de substâncias inflamatórias, com o objetivo de trazer células que “limparão” o local e de produzir novos vasos sanguíneos – processo conhecido como angiogênese.
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🔨 Fase de reparo. Após a angiogênese, há a chegada de células indiferenciadas, que produzirão tecido fibroso e cartilagem para preencher a fratura e formar o chamado “calo ósseo”. Com a chegada de cálcio e outros nutrientes, a rigidez do calo ósseo aumenta, com melhora da dor e da estabilidade.
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🦴 Remodelação óssea. Por fim, células especiais, chamadas osteoclastos, farão o remodelamento do osso, removendo o excesso de tecido formado no calo ósseo.
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Existem dois fatores principais que interferem na consolidação das fraturas.
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1) A estabilidade é representada pela imobilização da fratura, condição que propicia ao organismo a melhor posição para o reparo do osso.
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2) O suporte biológico é representado pelo hematoma formado logo após a fratura e pela integridade das estruturas circundantes ao local da fratura, como vasos e músculos. Quanto melhor o suporte biológico, mais nutrientes chegarão ao tecido ósseo para repará-lo.
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Sem estabilidade e sem nutrientes, as fraturas costumam ter o processo de consolidação retardado ou ausente, condição conhecida como pseudoartrose.
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Dr. Ricardo Luiz Ferreira
Ortopedista e Traumatologista
CRM 16930